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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Voltou! Não me esqueceu!

Não poderíamos prever.
A saudade passou.
Não era rara.
Ela era muito dolorosa.
Entrava e saía do meu coração
de tempos em tempos...
Tinha o costume habitual
de me deixar na defensiva.
Eu ficava só imaginando cupido,
com aquela lança na mão,
pra te atingir outra vez.
Ah! Meu cabeludo, na rua,
ou nos shows, na multidão,
Você nunca se ocultava,
despertava minha emoção.
O Rock de outrora,
deixou vestígios, de uma forma
bastante maliciosa.
Você sempre esteve presente
em minha guitarra, em meu violão.
Encontros que sacudiam,
hoje de novo, sacodem!
Eu previa, esperava que aqueles
acordes poderosos, o trouxessem
de volta, trazendo sonhos sólidos,
que em nossas cabeças,
sempre deram certo.
Que bom que restou muito,
que bom que restou tudo,
na mesma intensidade.
Só me importa o que vivemos,
só me importa o que estamos
vivendo, sempre sem queixas.
Ah! Meu cabeludo!
Só nós gostamos de outras coisas,
só nós temos nossos próprios sonhos.
Hoje menos coletivos.
Sublimes, propósitos mútuos,
absolutamente íntimos, muito vivos.
Nos aconchegamos finalmente sob
olhos divinos, sob as luzes do amor.

Cecília Reviragita

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