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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ternamente.


Ternamente.

Quando uma criança dorme tranquila,
com as mãozinhas aquecidas,
ao som de uma canção de ninar,
ouvindo a voz dos anjos,
aprende com carinho a amar.

Crianças que crescem sem medos,
adquirem corações sensíveis,
respeitando o Supremo Pai.

Se ao longo do tempo
perdem alguns sorrisos,
por causa das misérias do mundo,
seguem repartindo frustrações.

Mostrar-lhes outra vez o caminho,
é plantar pro futuro,
pra humanidade,
pão e paz.

Cecília Fidelli.

domingo, 30 de outubro de 2011

Dia das Bruxas - Tô fora !!!

Dia das Bruxas?
Tô fora !!!

A introspecção não me isola.
Um branco véu envolve m'alma.
Sentimentos não são prisões.
Minhas marcas não condenam
nem tão pouco absolvem.
Justamente por serem cicatrizes
não esqueço.
Entretanto,
todo vazio um dia
é fatalmente preenchido.
Enterro nostalgias inteiras.
Falo das intoleráveis que dilaceram.
Meus sonhos me acompanham.
Os irrealizáveis,
tornaram-se feridas curadas.
A solução sempre chega
no momento certo.
O fim do mundo,
o inferno,
nem em longas,
tristes e frias madrugadas
tem lugar em mim.
Tomara,
sinceramente,
que com você também seja assim.

Cecília Fidelli.

Forçosamente.


Forçosamente

Utópicos entravam-se
marchando sem rumo
a procura de caminhos suaves
sedentos
das mais improváveis realizações.
Entretanto,
viciados nada podem ensinar.
Apenas, temer o futuro.
Se sonham seus sonhos,
sonham
no inferno dos pesadelos.
E pouco a pouco
as realizações esmorecem.
Transitam incompreendidas.
Vagam
e se escondem.


Cecília Fidelli.

Viagem Literária - Itanhaém/SP

Não valorizar a arte,
é o cúmulo da cegueira.

Cecília Fidelli

sábado, 29 de outubro de 2011

Vamos marcar um encontro?


Como explicar o mundo?
Você tem uma estratégia poderosa,
diante de tudo que observa
na região cósmica?

Viver é duvidoso,
perigoso,
aparentemente vagaroso,
mas, extremamente,
precioso.

É como se passassemos todo o tempo,
brincando de verdadeiro ou falso.
É a possibilidade
de nos identificarmos uns com os outros.

É melhor prevenir que remediar.
Afinal, todos nós temos que
aprender a viver
e conviver em paz.

Cecília Fidelli.
Pseudônimo - Ci Maneski.

- Hoje, é aniversário
do meu outro blog:
- www.ceciliafidelli.blogspot.com
Te espero lá.

OBS: Visite, se gostar, siga.
Você é meu convidado (a), especial.
Sinta-se a vontade para comentar.
Um abraço.
Muito obrigado.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Concreto, mas incerto

Concreto, mas incerto.

Poema de Adélia
numa página amarela,
comendo mussarela com canela
e assistindo novela.
Escreve,
come,
olha a janela.
Assim ela vai ficando
com a praça da imaginação,
achando que o bonitão volta
com um anel na mão.
Na verdade,
o destino já disse que não.
Vitima de um poema
falsamente vidente.
Chora o coração ardente
e queima calado
vulcânicas lágrimas.
Delicadas gotas
regando siladas
de um amor de verdade.
Gente inocente,
é assim...

Cecília Fidelli

Arroz Integral

terça-feira, 25 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Entrevista com: Diego El Kouri-Extraída do - fanzinotecamutacao.blogspot.com

quinta-feira, 10 de março de 2011


Entrevista com Diego El Khouri


1 - Poesia em fanzines são tradicionais no Brasil, não?

DK: Os primeiros fanzines sempre foram voltados pra ficção científica. Inclusive no Brasil um dos primeiros fanzines pertencia a um clube que se chamava Intercâmbios Ciência-Ficção Alex Raymond, de Porto Alegre . A tendência desse tipo de mídia era essa mesmo. Até porque a ficção científica era encarada de forma torta, como uma sub arte, o que propiciou o surgimento de vários folhetins alheio a mídia convencional. Com a intensificação da cultura alternativa, surgimento de novos artistas, a contracultura e todos movimentos que surgiram, principalmente no fim dos anos sessenta, culminou no boom de produções alternativas atingindo seu auge na metade da década de 80. Mas a intenção quando se trata de algo que não é preso nem moldado nas regras pré estabelecidas é diversificar a coisa. Foram surgindo idéias, pensamentos, visões diferentes, momentos em que a linguagem principal nos zines eram as HQs, outros momentos em que eram as bandas de rock que perambulavam em quase todas as páginas contraculturais e também épocas de produções voltadas pra política sempre com um olhar anarquista. Então, por que dentro de todas essas abordagens a poesia não teria seu espaço, não teria sua voz? Agora posso falar de minha época, de meu tempo . Além de produzir tenho acompanhado muitos fanzines Brasil todo. Vejo uma diferença sutil na forma de falar de determinados temas, mas a função é a mesma. O underground hoje quer se expressar de forma politizada, porém agregando várias maneiras de atingir “os demônios da dominação”. Hoje em um único zine você vê, poesias, contos, entrevistas, textos teóricos, manifestos, mesclando todas as facetas da arte num único material. O compromisso com o fanzine é simplesmente com a liberdade de expressão, luta social e conscientização do pensamento humano. Existe uma galera muito boa produzindo arte de qualidade no Brasil todo. Basta abrir os olhos e “as janelas da alma”.


2 - Como é o processo de criação dos seus fanzines, com as colagens e tudo mais?

DK: Meu processo é contra o sono, o marasmo e o pensamento reacionário. Arte tem que fugir do lugar comum e da mesmice. O fato de não poder dormir é uma alegria e uma tragédia ao mesmo tempo. É através do não dormir que surgem as idéias, os tormentos e principalmente os pesadelos. Algumas pessoas temem o pesadelo, procuram fugir de sua dor, usam máscaras,se policiam, roubam ar alheio. Como não durmo meu pesadelo é o real, a centelha divina que me foi negada. Produzindo meus desenhos e quadros, trabalho minha psicologia visual e com ela transfiro para a linguagem do zine. Meu único compromisso é com a arte. Independente de qual seja. Produzo portanto meus fanzines durante as madrugadas solitárias, o frio escuro da noite, e o processo é baseado na forma clássica. Colagens, figuras desconexas, entrevistas, poesias, contos, delírios poéticos, sacanagens e por aí vai. Tanto o Molho Livre quanto o Cama Surta é dessa forma. Em ambos o que muda é a temática. Apenas isso. Mas algo irá mudar. O bom do fanzine é a metamorfose. “Somos tântalos na busca insaciável” como digo num texto. Meus zines são totalmente manuais e não procuro seguir uma forma rígida e contínua. Cada edição é um mergulho diferente, um novo desbravamento, a busca do diferente, do estranho, pelo olhar não familiar. Na constatação filosófica de Schopenhauer a arte opera como uma espécie de redenção e só nela reside a felicidade total. Se eu conseguir ultrapassar as portas que fecham a mente humana terei realizado meu objetivo.


3 - Como é a sua relação com os blogs e os zines xerocados?

DK: O blog Molho Livre é uma viagem totalmente diferente do zine impresso. Não desmereço nenhum nem o outro. Cada um forma o quebra-cabeça que compõe minha identidade, formam o conjunto de minha obra. Costumo dizer que pra me conhecer a fundo é necessário conhecer minha arte. É onde me desnudo todo sem pudor algum. Mesmo essa raiva por muita coisa que me cerca eu continuo resoluto em minha jornada. É como um maníaco obsessivo atrás de sua vítima. Trago comigo inúmeras cicatrizes na alma e cada corte é um verso que transponho para o papel. Portanto o blog é um livro em andamento como o zine. A maior diferença seja a quantidade de trabalhos. O blog é superior nisso, pois todo dia praticamente coloco texto novo e o zine xerocado é de acordo com meu orçamento. Eu sou um daqueles seres bárbaros que sempre lutarão para o fanzine impresso existir.


4 - Ainda distribui os zines pelo correio e nas ruas da cidade?

DK: No meu primeiro fanzine que se chamava Vertigem eu distribuía em shows de rock, de mão em mão e via correio. Descobri que só os que eu mandava pelo correio eram lidos. As pessoas às vezes nem olhavam para o material e jogavam fora. Nem pra limpar a bunda com meu zine (risos). Glauco Mattoso, grande mestre, me mostrou também a importância de direcionar seus leitores. Não acho ruim de forma alguma ser criticado. O que eu não entendo é as pessoas antes de lerem, rasgarem e jogarem no lixo. Mas, tranqüilo. O lixo é o receptáculo da poesia... (risos).


5 - E quais zines você edita atualmente?

DK: Eu edito o Cama Surta, que costumo definir como “folhetim coprofágico filosófico desimportante” ou cagatório de experimentos” e o Molho Livre. O negócio é produzir sempre! Mas como uma das características do fanzine é união, volta e meia poemas de minha autoria vão aparecendo em outros zines e blogs. É como uma teia onde as idéias se abraçam e viram colo. E além disso quero retornar a produzir o Vertigem e tem mais um outro fanzine em vista.


6 - E o Coletivo Zine?

DK: O Coletivo Zine surgiu da mente visionária do zineiro e amigo Wagner Teixeira do Anormal zine. É como uma teia onde as idéias se abraçam e viram colo. O blog está aberto pra quem tiver afim de participar.

7 - Tem descoberto muitos novos fanzines e fanzineiros?

DK: Claro. Só pra ter idéia, produzir fanzines me levou no final de 2010 para o Rio de Janeiro. Eu que sempre fiquei perdido e esquecido nas paisagens bucólicas de um interior do estado de Goiás me vi lançado no caos urbano desenfreado. Lá conheci vários fanzineiros pessoalmente. Alexandre Mendes, Winter Bastos, Fabio da Silva Barbosa, Eduardo Marinho e Wagner Teixeira. Há outros fanzineiros que conheço através de encomendas via correio e pela internet. Sinto os cacos se juntando.


8 - Você mantém contato com os fanzineiros tradicionais de Goiânia, como Márcio Jr, Oscar F. e a Flávia?

DK: Eu sou o filho da exclusão. É como se meus olhos estivessem roídos e do meu peito jorrasse sangue. Uma metáfora bem propicia para explicar o sentimento de bandido coagido que sinto em meu meio. Não conhecia nenhum fanzineiro em Goiania e com o advento da internet fui conhecendo muita gente de fora. Nos saraus de poesia que eu participava eu era visto como um lobo obscuro ou o filho do demo. As pessoas se chocavam com minha presença. Todo lugar que eu entrava saía deixando uma interrogação na cabeça das pessoas. É preciso sair de dentro de si mesmo para se conhecer, da mesma forma que é preciso sair de seu ninho pra conhecer sua casa. Chegando do Rio de Janeiro a primeira coisa que vi em minha casa foi um envelope que continha alguns exemplares do Fragmentos de Pensamentos ou Pensamentos Despedaçados de Ivan Pedro, um cara de Goiânia que mandei o Cama Surta por correio. Até o presente momento, mesmo estando perto, nos comunicamos apenas através de internet e correio. Soube recentemente que a loja Hocus Pocus, que vende artigos underground em Goiania, desde os anos 80 ajuda na divulgação de zines, até parte do Xerox financiam. Agora estou fincado mais em minhas raízes participando de movimentos e tal. Quero que alguma coisa se arrume.

9 - Quais as suas expectativas poéticas e zineiras para 2011?
DK: Publicar meu primeiro livros de poesias, continuar produzindo meus zines e expondo meus quadros. Um beijo certo no destino.

Cartões Poéticos












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domingo, 23 de outubro de 2011

Falando sério

Bombar !!!


Bombar!!!

Separar
e reciclar sentimentos.
Uma estratégia.
Deixa o coração bater forte.
Não se iguale a ninguém.
Preservar aquele cantinho
aos carinhos,
conservar o espaço dos sonhos,
alavancar beijos,
pode ser muito produtivo.
Falhas,
nem pensar.
Lidamos com o tempo em horas,
não bem em minutos.
Mas aproveite cada segundo
pra insistir na felicidade,
investindo na arte de amar.

Cecília Fidelli

Se pode?

Minha oração do dia?
Sol,
BOM DIA!
Despertei como você.
Livre e despreocupada,
pouco me importando
se mais tarde
vai ou não chover.
O galo já está cantando,
prepotente,
autoritário.
Hilário!
Os pardais não estão aí.
Eles sabem que é domingo.
E seus cantos
não se acabam fàcilmente.
Pra gente,
uma manhã harmoniosa.
Uma chance
de romper com o silêncio
e usufruir de muitas bênçãos.
O ar fresco,
o mar.
Entrar em sintonia com a manhã.
Amanhã,
é outro dia
de lutas imprescindíveis.
Isso agora,
é só um detalhe.
Hoje,
só sorrisos,
poesia.
Amanhã...
Esquece.
Espero
mas sem pressa
ele chegar.
E se for assim com todo mundo,
já vou adiantando
que vou ficar ainda mais feliz.

Cecília Fidelli

sábado, 22 de outubro de 2011

Então...

Ser citado sim. Ser rejeitado, não.


Somos todos diferentes.
Todos nós fazemos parte do Universo.
Ele é assim... desse jeito.
E existem muitas coisas
que a gente ainda não conhece.
Cada um é um.
Cada um tem sua própria técnica
sobre a maneira de viver.
Só sei,
que somos todos filhos de Deus.
Que cada um seja feliz como é.
Que nos aceitemos uns aos outros,
como somos ou como estamos.
Sem não nos esquecermos,
abra os seus olhos,
de que nascemos de um jeito,
mas, podemos morrer de outro.
Em meu favor,
aceito cada um do jeito
que chega.
Desejo a mais plena
paz de espírito
a você também.


Cecília Fidelli.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Divulgações


Discernir nem sempre é fácil


O amor,
é a elevação da alma.
A paixão,
é a corrosão dos neurônios.
Mas a vida nos reserva
grandes surpresas.
Às vezes,
perdemos os melhores anos
de nossas vidas,
com alguém que não vale a pena,
mas, ganhamos muito mais
em experiências.
Pena que seja assim.
Paixão,
é diversão que parece não acabar mais.
Considerando que nós escrevemos nossas vidas,
nos damos nossas próprias sentenças.
Até que tenhamos maturidade
para compreender e evoluir,
compartilhamos decepções
com as referências
do nossos mais significativos valores.

Cecília Fidelli

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ozna, carinhos.

Resurge entre las sombras (ozna )

Una bella mariposa
resurge entre las sombras
sorprendidos por su belleza
las aves le reclaman amores
en sus alas impregnado
el aroma de las flores
envuelta en halo de misterio
sus alas agita al viento
nadie sabe de su procedencia
todos ignoran su destino
Es la reencarnación de un corazón
que murió de pena
por un amor no correspondido
viene en busca de la esperanza
de la ilusión  y la fe perdida
al fin cuando las halle
sus bellas alas dulcemente
posara en el jazmín del olvido
el sueño eterno la abrazara
quedando el mágico bosque
impregnado del olor de sus alas
las bellas aves llorando a la luna
su bello recuerdo.

gracias amig@s por vuestro cariño
Ozna 

Cartões Poéticos



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Com romantismo...

Parecemos todos tão iguais.
Mas, quando vemos a alma do outro,
é que podemos sentir seu coração pulsar.
Deixa eu olhar pra você.
Olha pra mim.
Agora.
Vamos trocar.
No brilho do olhar um risco.
O risco de se apaixonar.

Cecília Fidelli

PRA VOCÊ QUE É SEGUIDOR (A), DO Ci Maneski-poeta


Pra você que é seguidor (a),
do meu blog.
Muito obrigado pelas visitas,
pelos comentários,
mas,
principalmente,
pela amizade.
Com carinho,

Ci

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cartão Poético

O brilho dos meus olhos.

O brilho dos meus olhos.

Uma das maiores fortunas pessoais
é a visão.
Só através da visão
é que tudo pode aparecer
diante de nossas almas.
Quando alguém volta a ver com nitidez
como aconteceu comigo hoje
após uma cirurgia de catarata...
A emoção me levou
automàticamente às lágrimas
como jamais aconteceu.
Confesso que andava meio deprimida.
Agora estou introspectiva.
É como se surgisse
uma nova etapa na vida.
Esse sim,
posso afirmar que é um momento único.
Quem não vê está,
na verdadeira acepção da palavra,
excluído do mundo.
Não sei se vocês conseguem entender
mas, esse é sem dúvida
um bom motivo pra comemorar!
Não sei dizer exatamente o que sinto,
mas é isso.
Sinto que voltei a viver
e precisava dizer isso.
Minha vontade
é de não apenas orar,
mas, de bajular Deus!
Foi um choque.
Um maravilhoso choque.
Embora eu não o veja,
Ele sim, me prende a atenção.
O que mudou?
Agora posso ver e apreciar o belo.
Ver até os absurdos.
Seguramente me importa
ver os relatos do mundo
e sentí-lo exatamente como é.
Maravilhosamente luminoso,
colorido,
sem pensamentos escuros.
Infinitamente limpo.
Uma visão perfeita
é um farol.
Um imenso farol.
A visão perfeita
é um verdadeiro sol em nossas vidas.
Poder ir e vir sem dificuldades,
é impagável.
É um sinal verde sempre aberto.
Assim é tão mais fácil
poder circular sem freios.
Só sei que já chorei
mais do que o esperado pro mês inteiro,
como chuva de verão.
E quero "chover" mais um pouco
e ainda bem mais forte.
Expelir muitas dores
de tanta alegria!
A visão perfeita realmente nos move.
Serve de lição.
Hoje pude rever o frescor da primavera.
Agora, vou me encontrar com a madrugada.
Já estou refletindo sobre
como é que Deus faz tudo isso?
Como é que Deus fez tudo isso?
Segundo estatísticas,
existem 40 milhões de cegos no mundo...
A vida é um colírio
sem contra-indicações.
E como é emocionante ver a vida,
sem tampão.
Como é bom ter os olhos
perdidos no horizonte,

pupilando novas percepções!

Cecília Fidelli