Sonhando acordado É assim o pobre desolado Pensando em dias melhores Sem solidão, Só paz e união. Mas quando esse pobre homem acorda Chora e chora... Seu sonho não vai se realizar Vira ás costas e aguenta a chibata Que dilacera a alma, Um duro carma. Num mundo que sobrevive massacrando alguém O burguês feliz com notas de cem Rouba sua vida através da mais-valia Da industrialização vadia Da terra roubada e prostituída Das leis que só o beneficia. Tudo isso gera revolta, sangue, terror Pavor que amedronta quem possui o titulo de doutor. Mas massacra o humilde também, Tento enxergar além, Por trás do horizonte, Por cima dos montes. Mas não vejo um único vestígio de esperança Cadê a mudança? Cadê os dias melhores? Felicidade é só para o nobre Que ver a vida do seu iate Que nunca viveu em meio aos massacres. Sociedade romana do pão e circo Brasil do povo iludido Pelo futebol, carnaval Libertadores, Brasileirão, mundial. Sorrisos em meio a guerra é insano É cruel, desumano. Você vive para trabalhar, não trabalha para viver Velho vai apodrecer Porque o sistema não perdoa Usou sua força Sua vida inteira Terceira idade é jogada na lixeira.
Alberto Ativista. - Escritor e poeta. |
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